Somos educadores porque...

“Somos educadores porque…
Temos esperança infinita na pessoa que temos à nossa frente, independentemente da faixa etária.
Acreditamos que essa pessoa pode sempre melhorar.
Nunca damos a pessoa por perdida.
Pensamos que a pessoa é argila, mas argila moldável.
Sabemos que não é rocha dura; se assim fosse, o que poderia acontecer era partir-se e ficar em cacos.
Pensamos que cada pessoa está cheia de possibilidades (de mudança, de crescimento).

Se assim não fosse…
Não perderíamos tempo numa tarefa considerada por muitos como inútil.
Não pretenderíamos melhorar o que não pode ser melhorado.
Nunca diríamos: Fazes bem! Avança! Muito bem!
Seríamos fatalistas e deixaríamos as coisas tal como estão.
Não nos tocariam os erros e os sofrimentos dos outros.”



Hoje parece o dia dos posts sobre a Educação Social. Mas quando hoje eu li isto, achei que alguns dos princípios da Educação Social, tão falados na faculdade, estavam aqui implícitos. E quando penso na minha profissão, tenho a certeza que não a trocaria por nada deste mundo, mesmo que haja dias difíceis. Mesmo que haja dias em que pensamos que as pessoas parecem não mudar. Mesmo quando se conhece a verdadeira face da hiperactividade, quando se chega a uma altura em que nem os medicamentos fazem qualquer efeito e o miúdo não pára. Mesmo quando se percebe que os jovens e a sociedade em geral tem tantos problemas em aceitar alguém diferente (mesmo que fisicamente seja igual a nós) do chamado padrão normal.
Por alguma razão o símbolo da Educação Social são duas mãos a segurar um globo. Não seguramos o mundo, com certeza não o vamos mudar, mas estamos lá, de mãos unidas e prontas para mudar nem que seja um pouquinho. Um pouquinho que pode significar muito, um dia, naquelas vidas.