A lembrar-me para o resto da vida: só o meu avô é motivo para ir a um restaurante no dia de S. Valentim

O meu avô faz anos no tão famoso dia dos Namorados, ou seja, hoje soprou as 72 velas. Há muito tempo que não calhava a um domingo. Nos anos anteriores, calhou sempre durante a semana e no domingo seguinte havia sempre almoço de família. Este ano o dia 14 calhou mesmo ao domingo e hoje meti-me num restaurante com a minha família toda. E eu adoro almoços de família, mas lembrem-me para nunca mais ir a um restaurante no dia dos namorados. Balões em forma de coração espalhados pelo restaurante, oferta de corações anti-stress a dizer “Momentos inesquecíveis”, música ao vivo daquela a roçar o romântico do mais piroso que há. Pior: o dito cantor com um música de fundo do Marco Paulo ou coisa do género, sentado na nossa mesa (sim, ele rodou as mesas todas) e a olhar para mim e para o Z. como que a dar a entender “esta música é para vocês”. Eu a trocar mensagens com o meu primo a dizer “Tirem-me deste filme”.

Ao menos, o bacalhau com natas (e o facto de a família estar toda junta, o que é raro nestes tempo) salvou o almoço.