Felicidade. A definição da relação.

04/04/2012

Descrevem-me como alguém que vive intensamente a relação, inclusive que vivo em excesso para a minha relação. Claro que quem nos conhece bem, sabe que esta última parte não corresponde totalmente a verdade. Eu dedico o meu tempo a imensas coisas, ao blog, ao meu afilhado, os vários grupos de amigas, aos casais amigos, à minha familia, agora até estou inserida num projecto de educação social, enfim. Acredito é que 90% das minhas conversas girem à volta da minha relação, na verdade uma grande parte da minha felicidade está claramente adstrita ao meu namorado, isto sem nunca esquecer tudo o resto, que também é muito importante. E em algumas conversas foram-me dizendo para não me entregar tanto, para não viver tão intensamente e apaixonadamente a minha relação. Confesso que não sei fazer isso, nem quero, pelo menos não com este homem, que me ama da mesma forma. No futuro, não sei, mas não sei como alguém consegue por um travão na entrega, no sentimento. Eu até fiz isso, nos primeiros meses, em que tenhos sempre dúvidas, agora ao fim de 4 anos e de tantos momentos juntos como posso por um travão? Analisando bem, acho que mesmo que fosse possivel, era um atentado à nossa história de amor, que nunca me deu motivos para dúvidas. No entanto e como a KLau dizia, é bom duvidar, é bom temer pelo futuro, faz-nos lutar pelo nosso amor, alimentando-o todos os dias. Podem até dizer que é dificil, mas eu sei que eu consigo e que o faço. O meu namorado merece. Mesmo com as discussões normais, ou amuos há sempre aquele instante em que tudo está bem, no intimo tu sabes que antes de ires embora tudo fica bem. E eu sei que me esforço muito, que me entrego imenso, que estou sempre a falar com ele, que passo horas ao fim‑de‑semana agarrada a ele, que mesmo não estando já estou a sonhar e a planear o próximo momento, sei que ao fim de tanto tempo continuo a fazer-lhe surpresas, continuo a mandar-lhe cartas e mensagens amorosas só porque sim, só porque é de manhã e eu fico a imagina-lo a sorrir quando acorda comigo. Continuo a acontar os dias e as noites para voltar a dormir com ele, e continuo a sentir a mesma ansiedade que da primeira vez. Dizem-me que eu sou diferente, mesmo o meu namorado diz que poucas pessoas são como eu, na verdade temo descobrir o que querem dizer com isto e não é por mim, é pelas pessoas que não são assim , que não amam desta forma, que vivem relações mornas, onde a felicidade é esporadica. A felicidade, mesmo não sendo um estado definitivo, devia definir relações. E define a minha, a par de muitas outras palavras bonitas e positivas. Mas a felicidade está intimamente relacionada com todas as outras. E eu não sei viver de outra forma. Se isto faz mal, ou se ma vai fazer sofrer um dia, ninguém o saberá dizer, mas se assim for, eu sei que valeu a pena. O sofrimento, quando se tem ou se teve algo assim, tem de ser vivido de forma positiva, claro que vou sofrer 15 mil vezes mais do que as pessoas que vivem amores passivos, mas eu juro que não quero saber. Eu não nasci para amores passivos, eu nasci para amores intensos, para uma vida intensa. E se em algumas situações não nos é possivel ser sempre assim, no amor eu acho que deviamos lutar por isto, sem qualquer receio ou medo do futuro. Porque vale a pena. Eu sei que tenho a maior sorte de sempre, que ele parece ter sido desenhado para mim, que dou entender que vivemos um conto de fadas, com princesas e essas tretas, mas essa é a verdade. O tempo não passa por nós, o meu entusiasmo, as minhas borboletas estão sempre aqui. E é escusado me dizerem que vai acabar quando casar ou tiver filhos. Tretas. Acaba porque as pessoas querem. Nada é maior do que o amor. Quando as duas pessoas se entregam, se esforçam sem se esforçarem verdadeiramente. Quando ser feliz e fazer feliz o outro é a grande prioridade. Tu és a minha grande prioridade e acho que gosto de ser diferente, mas no entanto gostava de acreditar que há muitas pessoas por aí iguais a mim, a nós, que no fundo definem as suas relações e o seu amor, como um estado constante. Felicidade. No dia em que acabar, acabou tudo.

6 comentários:

Jo disse...

Adorei e acredita que podia ser eu a escrever isto. Também não sei como 'pôr um travão'. E na verdade não quero. Sou feliz assim. Somos felizes assim. E é isso que importa :)

Que vocês sejam felizes durante muuitos mais tempo e que seja sempre assim, intenso, porque acho que assim é que vale a pena! :)

Anónimo disse...

No mínimo inspirador. É ao ler testemunhos destes, carregados de paixão, que consigo sorrir e acreditar que o amor, hoje em dia, ainda anda por aí. Eu também sou daquelas pessoas que não se contenta. Se posso sentir um amor desconcertante, cheio de borboletas na barriga e com o coração sempre acelerado, porquê contentar-me com menos?

Espero que assim continue por muitos anos e com a mesma intensidade (:

Gelatina de morango disse...

Confesso que ando com um odiozinho (grande) a isso do amor, mas tenho que admitir que achei o post bonito. Lamechas e tal mas bonito =).

Lila* disse...

Gelatina, minha querida vai chegar a tua vez!E o post não é uma dedicatoria, mas sim um conselho. O amor intensamente;)

Coquinhas disse...

Este texto podería tão bem ser meu :) E quando ninguém entende que nós temos saudades, mesmo que tenhamos estado com aquela pessoa ontem? Uma vez fui viajar com umas amigas...ao fim de uma horas eu estava a dizer que tinha saudades dele (porque gostava que ele estivesse ali a ver o mesmo que eu, a cheirar, a sentir, a comer...) e ninguém entendeu. Mas é assim, amar sem travão :D

Lila* disse...

Coquinhas, eu sou tal e qual. As saudades são sempre tantas e é mesmo por isso, por querer viver tudo com ele e no entanto tambem sou feliz quando não estou com ele, mas sou sempre muito mais com ele!obrigada