Os pais não têm tempo para os filhos

04/09/2013

 
De acordo com um estudo feito, as famílias portuguesas são as que menos tempo têm para estar com as crianças. Foi esta a reportagem que me chamou a atenção. E dá tanto que pensar. Ainda há pouco tempo lia também uma notícia, do JN, que referia um programa educativo "Anos Incríveis" que defendia que brincar 15 minutos, a sós, com o filho fazia toda a diferença e tinha um grande impacto no crescimento dos filhos.
Vemos cada vez mais livros, guias de auto ajuda para os pais saberem lidar com os filhos. Cada vez mais as pessoas preocupam-se em ter filhos exemplares, que não façam birras em pleno hipermercado, que sejam bons alunos, mas será que os pais prestam-lhes realmente atenção? 
A realidade com a qual trabalho diz-me que, agora em tempo de férias, muitas crianças chegam às 8horas e saiem às 19h30, passando quase 12 horas lá. Estão mais connosco do que com os pais. Mas isso é preocupante se depois o tempo em casa, à noite, é passado a jogar computador, Wii ou PSP. Se em casa, à noite, o pouco tempo que sobra é usado de forma útil, contorna-se essa lacuna de tantas horas longe dos progenitores. O problema é quando o pouquíssimo tempo que sobra é usado ao calhas. 
Como é óbvio os pais têm vidas profissionais que nem sempre são fáceis, e quem quer investir na carreira tem de ponderar e repartir bem o tempo, e isso é obviamente difícil. Ninguém é super homem ou super mulher. Mas basta um pouquinho de tempo. De qualidade. E isso faz toda a diferença.

 

 

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