Quero o S.João do Porto, já!

Pois é minha gente, quando vos dizem que alguma coisa é muito gira e muito divertida e tal, vocês desconfiem. Ontem foi noite de S. João aqui no sítio. E, como qualquer festa, há muitas pessoas na rua, muito barulho, muita musica, etc, etc. Mas não há bailaricos, não há marchas populares, não há musica pimba, não há fogo de artificio acompanhado com musica, não há pontes para cair fogo como se fosse uma cachoeira, não há parques de diversões, não há aquela pronuncia das gentes do norte e não há os amigos, aqueles do peito. A noite resume-se a atirar fogo-sem-importar-se-as-pessoas-realmete-gostam e em-todos-os-sítios-que-eu-quiser-porque-posso, em ir para a praia que está atulhada de gente, a ir a banhos no mar durante toda a noite, a gajas boas (ou que se acham boas) a passear-se de bikini e a gajos e gajas bêbedas. Claro que se tivermos com as pessoas certas até é capaz de ser divertido mas como se pode estar com as pessoas certas quando se fazem telefonemas que não conseguimos ouvir por causa das bombas que atiram mesmo ao nosso lado, quando ficamos sem saldo no telemóvel, quando temos de procurar por uma pessoa numa praia cheia de gente e quando todo o tipo de gajos (leiam-se nojentos) se metem contigo? O universo conspirou contra mim! Valeu pelas cervejas que bebi e pelo passinho de dança que dei – ainda que pequenino – ao som de música brasileira.