Uma batalha que se chamava divórcio - e que tal pensar nos filhos?

13/04/2010


Quando um casal se divorcia, acho que acima de tudo deve pensar-se que aquela relação acabou mas há que zelar pelo bem-estar dos filhos, caso existam. Não sou a favor das relações que já deram tudo o que tinham a dar, em que as pessoas já não se tratam com respeito, mas estão juntas por causa dos filhos. Os filhso não seguram casamento nenhum. Eles não servem para isso. Digo eu, que do alto dos meus 23 anos pouco sei da vida mas acho que há coisas que são claras para mim, como educadora e acima de tudo como pessoa.
Mas ponho-me a pensar quando ouço uma mãe a dizer-me que “vou para tribunal porque o pai dela tem que pagar também a educação dela. Eu gasto dinheiro com ela e ele também vai ter de abrir os cordões à bolsa. E já lhe disse a ela para não ser burra, para que quando sair com ele e se ele lhe quiser dar alguma coisa, ela que aceite, ou então que lhe peça isto ou aquilo. Eu não a vou sustentar sozinha, era o que havia de faltar”.
A senhora tem razão no que diz respeito ao facto de o pai ter obrigações legais em termos monetários para com a educação da filha. Mas a forma como falou, à frente da M, do marido com quem esteve não sei quantos anos e do qual teve dois filhos, foi triste.
Não sejas burra e aceita tudo o que ele te der” – a miúda vai olhar para o pai como uma fonte material, de coisas que ela muito gosta de ter e que impulsionada pela mãe, vai pedir ainda mais.
Não sei, mas na cabeça de uma miúda de 10 anos deve ser uma confusão ver os pais a divorciar-se. E andar no meio de uma batalha entre os dois, deve ser ainda pior – e naquele caso vai ser uma batalha que ainda agora está a começar.

6 comentários:

Poetic Girl disse...

São traumas que ficam para toda a vida. O pai tem obrigações sim, mas daí a sujeitar os filhos a pedincharem nao me parece correcto. Uma coisa é ele não faltar com o que lhes é de direito, a assistência do dia a dia, outra coisa é obrigarem a ele dar coisas supérfulas... bjs

Pintas disse...

bem...eu "do alto dos meus 23 anos" também concordo contigo....as crianças não têm que "pagar" pelos erros dos adultos :)
aliás, eu costumo mesmo dizer "o casal divorcia-se entre si e nunca se divorciam dos filhos"

bjs

Vera disse...

Até pode um casamento dar para o torto, mas ele vai ser sempre o pai/mãe, vai ser sempre a pessoa que a mãe/pai escolheu um dia. Os filhos não têm culpa de tudo o que possa ter corrido mal. Há que ter amor próprio e sobretudo, respeito pelos filhos...

Enfim!

S* disse...

Hum infelizmente há pais que não sabem o que é ser Pai.

The Cherry on Top disse...

Os meus pais estiveram separados dois anos. Felizmente, as coisas correram bem. Estava todos os dias com o meu pai, o meu pai jantava imensas vezes lá em casa, passava os fins de semana com ele.
Voltaram a juntar-se e a coisa que eu mais temi durante muito tempo foram as discussões. Eu achava que à mínima coisa iam voltar a separar-se. Por isso, posso imaginar como algumas crianças se sentem quando os divórcios são complicados. Há pais que apenas se importam consigo próprios e estão constantemente a atingir o outro. Pena que a "arma de arremesso" seja a criança...

Olhos Dourados disse...

Podes crer, não é nada saudavel.