Não é fácil ter um filho com uma doença rara. E a Grande Reportagem de hoje transmitida pela SIC assim o demonstrou. E uma das grandes preocupações é sem dúvida nenhuma o futuro, quando os pais poderão já não ajudar, quando aquele filho com aquela doença de nome complicado de pronunciar entra na idade adulta.
Pessoalmente e tendo em conta a minha realidade em termos de trabalho, vejo exactamente as mesmas inquietações no pai do P. que tem Síndrome de Down. Não é uma doença rara mas é uma doença que torna o P. diferente aos olhos de quem o vê. Tem 10 anos e é um querido. E ainda bem que todos os restantes miúdos aceitaram o P. muito bem no grupo. O miúdo cativa e se ao início, alguns foram estranhando, agora olham-no com outros olhos, porque no fundo é um exemplo para todos eles: é um miúdo fantástico e que vai ultrapassando tudo à sua maneira. Mas o pai como ele próprio diz tem “medo do futuro”. Por isso todo o tipo de associações ligadas ao apoio a este tipo de pessoas, com doenças raras ou outras deficiências mais comuns, são importantes.
No fundo, é um mundo de preocupações, de limitações mas também é um mundo de amor, de esforço, de carinho, de dar tudo por tudo por aquilo filho.
1 comentário:
Não vi a reportagem, mas acredito que um dos sentimentos mais complicados para um pai será o de "o que será dele(a) quando eu cá já não estiver"...
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