[aviso desde já…o tamanho do post quer dizer que divaguei demais!]
A propósito deste post da Buny, tenho a informar que lamentavelmente a grande maioria dos miúdos hoje em dia não estima tão bem o material escolar, como ela, a LaranjaLima e eu fazíamos quando andávamos na escola. É certo que não posso generalizar, mas o que vou vendo no dia-a-dia faz-me pensar.
Aliás eu fico estupefacta quando olho para certos livros e cadernos. E volta e meia lá vêm eles com a fita-cola na mão a pedir-me para fazer “uma operação” aos cadernos.
Eu já sei o que eles querem dizer com isso.
Lá vou eu, com fita-cola e tesoura na mão e toca a consertar o irremediável. Mas é sempre por pouco tempo. Não tarda nada os cadernos já estão sem capa, as folhas dos livros já estão rasgadas.
E os estojos? Bem, os estojos são outro nível. Tudo cheio de corrector, declarações de amor feitas e depois riscadas (que isto do amor nestas idades é feito de escrever e apagar porque no dia a seguir já não se ama a Cristiana mas sim a Joana), pins e afins. As mochilas também estão todas riscadas e pintadas. Há quem diga que faz parte da idade.
Os pais queixam-se que o material voa nas mãos dos filhos, que está tudo estragado. “Pois bem, não lhes dêem material novo até que aprendam a cuidar do material que têm ao seu cuidado” – digo eu aos pais. Há que incutir responsabilidade pelo que é deles.
Eu já os vi a destruir uma borracha de propósito. E bem bonita era, por sinal. Pode ser 1€ mas é dinheiro. E ao somar as parcelas todas, sabemos bem que a factura do material escolar não é coisa barata.
Eu era/sou muito cuidadosa com o que tinha/tenho. O material que os meus pais compravam em Setembro no início das aulas durava até ao final do ano lectivo. Eles têm de aprender a fazer o mesmo. Mas para isso é preciso que começam a ganhar sentido, responsabilidade e gosto pelo que têm. E não é só em relação ao material escolar. E não posso ser apenas eu a dizer-lhes isso. Os pais têm a grande tarefa de começar/continuar essa missão.
[e quando lhes falo em campanhas de angariação de material escolar para países africanos, por exemplo, uma vez que lá cadernos e livros são coisas que faltam e um mísero caderno de linhas já é uma loucura para aqueles miúdos, eles olham para mim e tenho a vaga sensação de que o que eu disse entra a 100 e sai a 200]
4 comentários:
Eu desde pequena que tenho muito amor ao meu material escolar, inclusivamente não consigo comprar um livro para estudar sem forrá-lo porque se acontecer a dobrá-lo sem querer e ficar todo vincado é um drama :p!
Olá!
Eu ainda tenho o meu estojo que me acompanhou do 5º ao último ano da faculdade, daqueles com uma molinha em cima, como a dos porta moedas! E trago-o sempre na mala!! Adoro-o!!
Beijinhos
Bem verdade, os miudos agora não dão o mesmo valor que nós dávamos e essencialmente porque os pais deixam que assim seja. Eu nunca estraguei material escolar, aliás havia coisas que tinham mesmo que dar de um ano para o outro. A mochila que tive na primária fez me os quatro anos! Mas porque os meus pais me ensinaram a estimar as coisas, e ainda hoje é assim, adorei o teu post! bjs
Eu também tenho uma paixão por canetas, principalmente as coloridas. Quanto aos miúdos estragarem o material, concordo que os maiores contribuidores para que eles estraguem o material sejam os próprios pais, se não fizessem sempre as vontades aos meninos eles não estragavam ; ) ***
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