"Têm a mania que são adultos, que ninguém os compreende, que chamamos a atenção para coisas que eles nunca estão a fazer, ouvimos muitos sou sempre eu (...) Sabem tudo, sabem sempre tudo. E têm a melhor PSP e o melhor
computador e os melhores programas. Ás vezes tenho medo desta geração no
futuro. Eu tive um telemóvel quando tinha quinze anos. Eles nascem com
um telemóvel na mão. O meu primeiro telemóvel foi um nokia 3310 que
bloqueava sempre que tentava escrever uma mensagem. Eles têm
blackberries e htc e iphones. Eu mexi pela primeira vez num computador
andava no sétimo ano. Eles, no sétimo ano, já são quase engenheiros
informáticos. Eu soube o que era o red tube há pouquíssimo tempo.
Eles...vá, nem comento. Eu com doze anos ainda andava na praia a fazer
castelos na areia e só usava a parte de baixo do bikini. Elas vão para a
praia e apaixonam-se e metem-se com o nadador salvador mais velho dez
anos.
Percebem onde quero chegar? Não acho que seja uma geração perdida, eles
são todos excelentes alunos e inteligentes, mas que é uma geração que
não dá valor a nada. Que passa o tempo a viver online e não brinca na
rua. Que tem muita informação e, ás vezes, não sabe o que fazer com ela.
E aqui entramos nós, os adultos, os modelos, as pessoas que os
chateiam, que lhes dizem e mostram que a vida não vai ser assim tão
fácil como eles aprendem nos jogos, que vão ter de crescer e lutar pelos
os objectivos se querem ser alguém na vida, que os pais não vão estar
sempre lá para lhes dar tudo. Para mim, basta-me a certeza que eles têm
óptimos pais, que ainda vão crescer e aprender muito e que, um dia,
serão excelentes adultos."
[roubadinho daqui*]
Trabalhando com crianças, consegui rever-me em muitas destas situações que a Lua tão bem descreveu. É um trabalho que por vezes pode ser exaustivo, exige que estejamos sempre a mil como eles, mas depois há as partes boas: eles não se vão embora sem se virem despedir de nós com um beijinho. Escrevem bilhetinhos a desejar boas férias e muitos "beixinhos".
:)
1 comentário:
Concordo! :)
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