Faço de conta que nem vejo os bilhetinhos a passar entre eles. Digamos que não vou travar os primeiros amores daquelas pestes de 7, 8 anos. Acho que nestas idades tudo ainda é muito genuíno, talvez aos 12, 13 anos já não se passe o mesmo, porque pelo menos os rapazes já estão atentos a tudo: ao peito das miúdas, se são boas ou não, gordas ou magras, se vestem bem, se têm borbulhas.
Na primária não. Riem-se muito, andam de mão dada. E trocam bilhetes cheios de erros ortográficos. Escrevem amu-te com u. Já têm namorada, dizem eles. Mas beijos só na cara – quer dizer alguns arriscam já um beijinho na boca nas casas de banho da escola. E depois giro, giro é dizerem que hoje no recreio andaram de mão dada com ele. Com um ar todo orgulhoso.
[e eu continuo claramente a ser fã das cartas, os e-mails e as sms nunca irão substituir as grandes cartas de amor. Mas também gosto de post-its deixados na minha carteira e quando chego a casa encontro alguma coisa gira escrita por ele lá no meio do telemóvel, da carteira, da maquilhagem, dos lenços e das mil e uma coisa que andam sempre na carteira das mulheres]

3 comentários:
És, sem dúvida, uma previlegiada por poderes assistir tão de perto estas coisas;)
Os bilhetes e as cartas de amor na escola são tão fixes. Estas pequenas descobertas são fantásticas.
Os putos sao taooo fofis=) Se tu soubesses as cenas q o Vasco me diz e anda fazer=) Oh god preciso urgentemente de tomar cafe convosco:)
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