Quando a privacidade de uns vem para o espaço público de outros

23/09/2010





Ela é advogada e trabalha num banco. Ele tem o 9º ano e é electricista.
Ela tem 27 anos e ele 23.
Namoram. Mas ela não lhe dá beijos em público porque tem vergonha dele.
E estavam estes dois seres a discutir se a relação deles tinham ou não futuro na estação de comboio aos altos berros. Pronto, a discutir vá. Quem quisesse ouvir, ouvia. E pergunto-me eu como é que as pessoas falam deste tipo de coisas num sítio tão público. Eu não tenho nada a ver com isso e fiquei a saber a história toda e mais uns quantos pormenores. Eu e quem estava lá.

12 comentários:

Anónimo disse...

Devem ter andado a aguentar a coisa durante tanto tempo que tiveram de explodir em espaço público. Enfim...
*

Gelatina de morango disse...

Isso é mais constrangedor para quem está a assistir do que para os próprios, que às vezes nem têm noção do "espectáculo" que estão a dar. Detesto assistir a essas cenas.

The Closet disse...

lool andamos em sintonia nas peripécias das viagens!

Rita disse...

Ui, então não se vê que tem futuro?

E, pelos vistos, ela julga-se tão superior a ele e ainda embarca numa situação dessas no meio da rua?

Anónimo disse...

eu também sou pessoa para pensar que não resulta. Eu sei que soa a preconceito. Mas vejamos, ao longo do percurso escolar os nossos gostos não mudam? Não começamos por ouvir música "pimba", e ler histórias da anita e ir às festas da terra, para depois ouvirmos clássicos, lermos saramago e apreciarmos teatro? Alteramos drasticamente os nossos interesses, a maneira de estar, pensar, ser. Eu penso que é inevitável. De que vão conversar as pessoas? Ela não pode falar das burocracias do banco nem ele das artimanhas do seu trabalho de electricista porque não só não percebem nada como talvez não tenham interesse nenhum... E quando quiserem ir passar férias? E se ela quiser ir ao restaurante e ele nunca tiver dinheiro? Ela paga? Ele aceita isso? Os amigos deles, podem sair juntos? Falarão sobre quê? Há muitos contras. Gosto de acreditar que o amor está acima de tudo, mas às vezes há demasiados obstáculos...

S* disse...

Meu deus, porque é que ela namora com ele? assim destrói o ego ao rapaz...

A Loira disse...

Não consigo perceber este tipo de atitude.

Marta Inês disse...

Quando se tem vergonha do companheiro dificilmente a relação vai funcionar.

beijinhos*

Pintas disse...

Enfim.....cada um sabe de si....
eu sou licenciada(24 anos) e ELE(30 anos)tem o 9ºano. Somos felizes e aprendemos muito um com o outro.....e sim, vemos um futuro NOSSO...

:)

Pedro disse...

Cara Sabor Adocicado*, antes de mais queria dizer-lhe "fuck off".
De todas as asneiras que tenho lido de si ultimamente o seu comentário a este texto é o pior.

Com que então, é a faculdade que lhe deu curiosidade pela arte? Ainda bem, não sabia que só se aprendia por lá...

Mas existe uma coisa que a escolinha (e pelo que vejo, a vida e os seus pais) não lhe ensinou. Não ensinou a perceber que a nossa vida não é o centro do mundo, e que existem muitas outras formas de estar e de aprender que não na faculdade.
Usar a sorte, que muitos não tiveram, de estudar no ensino superior para se por de bicos de pé em relação a não licenciados é lamentável. É terceiro mundista, deplorável e uma das razões deste país ser o país dos doutores mas não dos competentes.

Outro ponto interessante é, que pelo que vejo é a favor da afirmação feminina em todos os planos da sociedade.
Já vi, que para si, uma mulher com poder tem de ser distante do resto dos plebeus. Não são da mesma estripe?
Continuado com este argumento, quantas vezes passou-se o contrario? Mulheres burras que nem uma porta, ao lado de um "cavalheiro". "é rico, ela é burra, mas tem um par de mamas"....

Tente perceber que isto, para mim, não tem que ver com o sexo ou o género. Mas sim uma forma de postura social. A mesma postura que mantém o hábito do "senhor doutor", do "senhor engenheiro". Basicamente o primado do titulo académico, quando devíamos estar atentos ao carácter das pessoa.

Uma coisa eu posso estar certo, o titulo de drª, eu até lhe posso conceder, é infelizmente de "praxe social". Mas o de senhora... Esse eu não lhe concedo. Para mim, na melhor das hipóteses, nunca vai passar de menina (mimada, parva e egocêntrica).

Tenho uma continuação de vida patética.

Pedro disse...

já agora, eu sou licenciado a minha mulher não é? Será que vamos ter futuro?

Secalhar vamos, mas só por ela ser MULHER. Porque homens, quando com grau académico inferior, não são bons o suficientes para a cara Sabor Azedo**

Olhos Dourados disse...

Pois, isso era para falarem em privado.